Apresentamos ao público evangélico o comentário mais completo e coeso de que o povo de Deus precisava. A sua meta é trazer ainda mais luzes ao texto bíblico, somando erudição, clareza e fidelidade. Esse comentário está organizado de tal forma, que o erudito encontra nele real fonte de pesquisa, e o leitor em geral, inspiração para a vida cristã. Uma rara combinação de verdadeira erudição e simplicidade de expressão faz deste comentário do texto bíblico um valioso instrumento de trabalho, seja para o erudito, seja para o leitor em geral. Nessa obra, primeiro são analisados, um a um, os versículos e os parágrafos; em seguida, ao término de cada unidade de pensamento, à maneira de síntese, as idéias centrais são consideradas e resumidas. Isto facilita aos pregadores em seus sermões. Nestas notas de rodapé são discutidos diversos problemas para assegurar um tratamento completo e adequado do texto; isto é feito de forma paralela ao comentário para que o leitor em geral possa seguir seu curso sem dificuldade.
“São chamados de bem-aventurados por serem pobres em espírito, não em espiritualidade, porém ‘com respeito a’ seus espíritos; ou seja, são aqueles que se convenceram de sua pobreza espiritual. Tornaram-se conscientes de sua miséria e necessidade. Seu velho orgulho foi quebrado. Puseram-se a clamar: ‘Ó Deus, sê propício a mim, pecador’ (Lc 18.13). São de um espírito contrito e tremente diante da Palavra de Deus (Is 66.2; cf. 57.15).265 Percebam sua total miséria (Rm 7.24), não esperam nada de si mesmos, e, sim, esperam tudo de Deus.” (Volume 1, Page 332)
“A essência da parábola, pois, é esta: Que cada um seja fiel no uso das oportunidades de serviço que o Senhor lhe deu. Tais oportunidades, concedidas a cada um segundo sua capacidade (dada por Deus), por gratidão a Deus deveriam ser aperfeiçoadas de tal forma que a glória do Deus Trino seja promovida, seu reino se estenda e seus ‘pequeninos’ sejam beneficiados. A negligência é castigada; a diligência, recompensada.” (Volume 2, Page 461)
“Para que possa entrar pela porta estreita a pessoa precisa desfazer-se de muitas coisas, por exemplo, o desejo ardente de possuir bens terrenos, o espírito que não consegue perdoar, o egoísmo e, especialmente, a justiça própria. A porta estreita é, pois, a porta da autonegação e da obediência. Por outro lado, ‘a porta larga’ permite entrar com a bolsa e toda a bagagem. A velha natureza pecaminosa – tudo o que ela contém e todos os seus acessórios – pode passar facilmente por ela. É a porta da autoindulgência. Essa porta é tão ampla que uma multidão enorme e clamorosa pode entrar toda de uma vez, e ainda restará muito espaço para outros. A ‘porta’, pois, aponta para a escolha que uma pessoa faz nesta presente vida, seja ela boa ou má.” (Volume 1, Page 457)