A todos aqueles que desejam levar Deus a sério, a epístola aos Gálatas mostra o caminho para a verdadeira liberdade. Essa liberdade genuína não é nem legalismo nem anarquismo. Essa é a liberdade de ser “servo de Cristo”. Consiste em tornar-se cativo de seus ensinamentos, ou seja, render-se ao Deus Trino como ele se revelou em Jesus Cristo para a salvação eterna.
“O chamado que aqui se refere é, como em todos os escritos de Paulo, o chamado interno e eficaz: o ato do Espírito Santo, por meio do qual ele salvificamente aplica o convite do evangelho ao coração e à vida de certos indivíduos específicos dentre todos aqueles a quem, no curso da história, esse convite é estendido. É um chamado para a salvação, salvação esta plena e gratuita, que transita pela avenida da santificação. Falando de forma geral, Paulo está convencido de que os gálatas, a quem está escrevendo, tinham recebido esse chamado eficaz.” (Pages 52–53)
“Converter a liberdade em libertinagem é um mal inerente à natureza pecaminosa do homem. É tão simples interpretar a liberdade como ‘direito a pecar’, e interpretar a liberdade como se fosse ‘o privilégio de fazer tudo quanto nosso coração mau queira fazer’, em vez de concebê-la como a capacidade e o desejo conferidos pelo Espírito Santo de fazer o que alguém deve fazer.” (Pages 251–252)
“Passando da voz passiva para a ativa, em busca de uma definição, o que significa, pois, a direção do Espírito? Significa santificação. É aquela influência constante, eficaz e benéfica que o Espírito Santo exerce dentro do coração dos filhos de Deus, pela qual são guiados e capacitados mais e mais para vencer o poder do pecado que ainda habita neles, e para andar nas veredas dos mandamentos de Deus, livre e alegremente.” (Page 260)
“Em Gálatas, porém, a própria essência do evangelho estava em jogo. Se este não fosse o caso, Paulo teria sido muito mais tolerante, como o prova Filipenses 1.15–18. Mas quando o assunto é importante – a glória de Deus e a salvação do homem –, a tolerância tem seus limites.” (Page 52)